O Ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, destacou que esta evolução reflete “o esforço que o país tem vindo a fazer desde a crise das dívidas soberanas” e sublinhou a importância de manter esta rota para proteger o país de choques externos e melhorar a confiança dos investidores.

A redução do rácio da dívida é sustentada pelo crescimento do PIB nominal e pelo excedente primário.

No entanto, a despesa com juros continua a ser um encargo significativo, prevendo-se que atinja 7,1 mil milhões de euros em 2026, um aumento de 4,2% face a 2025. Apesar do aumento em valor absoluto, o peso dos juros no PIB deverá manter-se estável em 2,1%.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) corrobora esta tendência positiva, afirmando que a dívida pública portuguesa “está numa trajetória de redução consistente” e prevendo que desça para menos de 90% do PIB até ao final de 2026. Em paralelo, o Estado continua a reembolsar os empréstimos da troika, prevendo-se o pagamento de 3 mil milhões de euros aos credores europeus em 2026.