A instituição projeta um excedente orçamental para 2025 e um saldo nulo para 2026, uma perspetiva mais otimista do que a da maioria das outras instituições.
Numa conferência de imprensa, Era Dabla-Norris, diretora adjunta do departamento de Finanças Públicas do FMI, afirmou que "a situação orçamental melhorou consideravelmente desde a pandemia". O Fiscal Monitor, relatório do FMI, projeta um excedente de 0,2% do PIB para 2025 e um saldo de 0,0% para 2026. Esta previsão contrasta com as de outras entidades como a Comissão Europeia, o Banco de Portugal e o Conselho das Finanças Públicas, que antecipam um défice para 2026, em parte devido ao impacto dos empréstimos do PRR. Questionada sobre esta divergência, a responsável do FMI salientou que a proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) "aponta para um saldo próximo do equilíbrio" e que a previsão de um excedente de 0,1% do Governo é "apoiada por um saldo primário muito forte, o que reforça o compromisso de Portugal com finanças públicas sólidas". O FMI destacou ainda que a dívida pública portuguesa "está numa trajetória de redução consistente", prevendo que o rácio caia para menos de 90% do PIB até ao final de 2026. A agência de notação Fitch, embora preveja um défice de 0,7% para 2026, também reconhece o "forte compromisso com a prudência orçamental" do país.














