A ligeira melhoria no 'ranking' deveu-se principalmente à evolução na tributação dos rendimentos individuais, onde o país subiu da 26.ª para a 21.ª posição.

Esta subida foi impulsionada pela redução da taxa de mais-valias de longo prazo de 28% para 19,6% e pela descida das taxas de IRS. Contudo, Portugal continua no fundo da tabela nas categorias de tributação internacional (32.º) e empresarial (36.º).

O relatório destaca que o país mantém uma das taxas efetivas de IRC mais elevadas da OCDE, que, agravada por derramas municipais e estaduais, pode atingir 30,5%.

A esta carga fiscal somam-se "benefícios fiscais complexos e uma excessiva burocracia tributária", fragilidades corroboradas por um estudo da Deloitte, no qual 60% dos empresários considera o sistema fiscal "complexo e ineficaz".

Entre os pontos positivos, o índice aponta o sistema de tributação territorial, que isenta grande parte dos dividendos e mais-valias obtidos no estrangeiro, e amortizações fiscais acima da média para investimentos.

Para melhorar a sua posição, as recomendações focam-se em reformas estruturais, como a redução gradual do IRC, a simplificação do sistema, a eliminação de derramas e a diminuição da carga fiscal sobre o trabalho.