Segundo simulações da EY, estas medidas poderão resultar em poupanças anuais que variam entre 58 e 347 euros por contribuinte, dependendo do rendimento e da situação familiar.

No entanto, a atualização dos escalões abaixo do aumento salarial de referência do setor privado (4,6%) levanta questões sobre a neutralidade fiscal.

Anabela Silva, da EY, alerta que “um contribuinte que tenha um aumento em linha com 4,6% poderá, dependendo da situação, vir a ter um agravamento da carga fiscal”. O ministro das Finanças contrapõe, argumentando que “mesmo quem tem um aumento acima de 3,5% terá um desagravamento fiscal que se não for pelos escalões será por via do desagravamento das taxas”.

Esta política fiscal visa reforçar o rendimento disponível, mas o seu impacto real dependerá da evolução dos salários e da estrutura de rendimentos de cada agregado familiar.