A Associação Sindical dos Profissionais da Inspeção Tributária e Aduaneira (APIT) anunciou a sua adesão à greve da função pública agendada para 24 de outubro, manifestando um profundo descontentamento com a proposta de Orçamento do Estado para 2026 (OE2026). O sindicato alega que o documento “continua a não promover qualquer recuperação efetiva de poder de compra” e “ignora os inúmeros alertas para a desconsideração a que se encontra votado o trabalho de inspeção e investigação criminal, fiscal e aduaneira”. A APIT considera que o Governo e a direção da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) estão a colocar os trabalhadores numa “situação de profundo descontentamento e desmotivação”.
Entre as principais reivindicações está a revisão da tabela remuneratória, que consideram “inadequada”, e a revogação do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP), descrito como um instrumento que “nada tem de motivador, transparente ou justo”. O sindicato denuncia ainda que os recursos humanos da AT estão “‘esticados’ ao limite”, o que dificulta o combate à economia paralela, e que os inspetores são forçados a “pagar para trabalhar” devido às baixas compensações pelo uso de viaturas próprias.
A falta de reconhecimento de um subsídio de risco ou de missão, bem como a ineficácia na renovação de quadros, são outras das queixas apresentadas.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) também apoia as reivindicações da greve.
Em resumoOs inspetores tributários juntam-se à greve da função pública, criticando o OE2026 por não responder às suas reivindicações salariais e de carreira. A falta de recursos, a desvalorização profissional e a ausência de um plano para a AT são os principais motivos do protesto.