A dificuldade acrescida é justificada pelo peso dos reembolsos dos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que começam a ser pagos nesse ano.
Em contrapartida, o Partido Socialista (PS) propõe um aumento permanente das pensões mais baixas.
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, acusa o Governo de manter “um gato escondido com rabo de fora” de mil milhões de euros no saldo da Segurança Social, defendendo que parte dessa margem deveria ser usada para transformar o bónus pontual num aumento estrutural.
O ministro das Finanças rejeita categoricamente esta ideia, classificando-a como um “erro”.
Sarmento argumenta que “não devemos usar os saldos da Segurança Social, que são para robustecer a sustentabilidade a médio e longo prazo, para fazer aumentos permanentes das pensões”.
O ministro esclareceu ainda que o excedente de mil milhões até agosto está inflacionado por transferências do Orçamento do Estado para pagar o bónus de 2024 e o reforço do Complemento Solidário para Idosos (CSI), sendo o saldo real de apenas 400 milhões de euros. A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, reiterou a posição do Governo, admitindo um suplemento extraordinário apenas “se houver excedente orçamental”.













