Na conferência Money Summit, os líderes dos maiores bancos a operar em Portugal manifestaram a sua oposição a um novo agravamento fiscal.

João Pedro Oliveira e Costa, presidente do BPI, declarou: “Sinceramente, não estou a ver a razão, a não ser puramente ideológica, de carregar com mais impostos a banca”. O gestor ironizou sobre o facto de o seu banco ter de pagar pelos problemas do passado, como o resgate do BES, afirmando: “Não parti nenhum copo, vou ter que pagar a festa toda”. Miguel Maya, do BCP, reforçou a preocupação com a competitividade, argumentando que os “fardos que nos metem às costas, condicionam a nossa capacidade de competir à escala global”. Pedro Castro e Almeida, do Santander, revelou que o seu banco “paga 5% do IRC em Portugal” e alertou que tributar mais as grandes empresas, que criam mais emprego e inovação, não faz sentido. Os banqueiros sublinham que o setor já enfrenta uma carga fiscal elevada, incluindo o IRC e as contribuições para o Fundo de Resolução, e consideram que um novo imposto seria uma “questão política” injustificada que prejudicaria a economia.