No entanto, em contraste com esta tendência, os dados do Banco de Portugal mostram que o valor acumulado nos depósitos bancários atingiu um novo máximo em setembro, ultrapassando os 197 mil milhões de euros.

Este crescimento ocorre apesar de a remuneração destes produtos estar em queda há 20 meses consecutivos. Gabriel Bernardino, presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), resumiu o comportamento nacional ao afirmar que os portugueses são “um público de aforradores, mas não de poupança de longo prazo”. Esta preferência por produtos de baixo risco e elevada liquidez, como os depósitos à ordem e a prazo, limita o investimento em instrumentos com maior potencial de retorno, como ações ou fundos de investimento, o que restringe o financiamento da economia e aumenta a dependência do sistema público de pensões.