A operação permite uma recuperação significativa de fundos públicos e, segundo o Governo, reforça a diversificação do sistema bancário nacional. A venda das participações conjuntas de 25% do Tesouro e do Fundo de Resolução (FdR) foi formalizada através da ativação de uma cláusula de venda obrigatória (drag-along) pelo acionista maioritário, o fundo norte-americano Lone Star. A operação, baseada numa avaliação do Novobanco em 6,6 mil milhões de euros, garante ao Estado um encaixe mínimo de 1.686 milhões de euros, que, somado aos dividendos distribuídos, permite ao setor público recuperar “quase 2.000 milhões de euros dos fundos públicos injetados na instituição”.
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, destacou que a transação “reforça a diversificação do sistema bancário nacional, evitando concentrações excessivas”.
O CEO do grupo comprador, Nicolas Namias, assegurou que o Novobanco continuará a ser um “banco português”, com um futuro “dedicado ao financiamento da economia portuguesa”. O acordo assinado limita a responsabilidade futura do Estado e do FdR a um máximo de 10% das receitas líquidas da venda.
No entanto, a conclusão do processo não foi consensual.
A associação de defesa dos clientes bancários ABESD considerou que a venda não pode ser vista como um sucesso enquanto persistirem “vítimas por ressarcir” e classificou como “profundamente simbólico” que a conclusão do negócio coincidisse com buscas da Polícia Judiciária à instituição.














