A iniciativa visa modernizar o sistema de pagamentos e oferecer uma alternativa pública e segura num cenário de crescente digitalização e proliferação de instrumentos privados.
O BCE avançou que, caso a legislação necessária seja adotada em 2026, poderá iniciar uma fase piloto em 2027, com vista a uma “possível primeira emissão do euro digital em 2029”.
Os custos totais de desenvolvimento são estimados em 1.300 milhões de euros até essa data, com custos operacionais anuais subsequentes de cerca de 320 milhões de euros.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que o trabalho visa adaptar o euro “ao futuro”.
A urgência do projeto é reforçada pela diminuição do uso de dinheiro físico e pela ascensão de alternativas privadas como as 'stablecoins'. Os governadores dos bancos centrais da Alemanha e de França ecoaram esta visão, defendendo a necessidade do euro digital para a soberania europeia. Joachim Nagel, presidente do Bundesbank, declarou que se trata de uma questão de “soberania nacional”, uma vez que a maioria dos dados financeiros está alojada no estrangeiro. Por sua vez, François Villeroy de Galhau, do banco central francês, considerou o projeto uma “resposta” necessária para a Europa.
O euro digital funcionará como um complemento ao dinheiro físico, não o substituindo, e permitirá aos cidadãos usufruir das vantagens do numerário na era digital.













