Nos primeiros dez meses do ano, a instituição atribuiu 5,15 mil milhões de euros em garantias, um valor que contrasta com os 539 milhões registados em todo o ano anterior, e projeta atingir os 6 mil milhões até ao final de 2025.
Esta expansão da atividade, que segundo o CEO Gonçalo Regalado se mede pelo “impacto no PIB, nas empresas, no emprego e na competitividade de Portugal”, reflete uma mudança estratégica para tornar o banco promocional num motor de crescimento. O número de empresas apoiadas cresceu de 2.400 para 12.500.
Além do reforço das garantias, o BPF está a desenvolver novos instrumentos financeiros. O Ministro da Economia, Manuel Castro Almeida, anunciou que o Governo está a trabalhar com o BPF na criação de um “Fundo de Fundos”, um instrumento “estruturante e recorrente” que visa dar continuidade à capitalização do tecido empresarial para lá do horizonte do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Adicionalmente, o banco prepara-se para assumir a gestão dos seguros de crédito à exportação com garantia de Estado a partir de janeiro e planeia replicar o modelo espanhol FIEM para financiar diretamente as exportações. O BPF enfrenta, contudo, o desafio de gerir um legado de mil milhões de euros em crédito malparado, herdado de instituições antecessoras, tendo criado uma nova direção dedicada à recuperação deste crédito.














