O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter as suas taxas de juro diretoras inalteradas pela terceira reunião consecutiva, com a taxa de depósito a permanecer em 2,00%. A decisão reflete a confiança da instituição de que a política monetária atual está a ser eficaz para manter a inflação próxima do objetivo de médio prazo de 2%. Na conferência de imprensa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que a instituição se encontra “numa boa posição” para enfrentar eventuais choques futuros, embora tenha garantido que o banco “tudo fará para garantir que nos mantemos nesta boa posição”. Lagarde reconheceu que, embora o crescimento económico na Zona Euro permaneça modesto, alguns dos riscos negativos que o ameaçavam diminuíram, um cenário distinto do da inflação, onde a incerteza persiste.
A decisão do BCE foi publicamente apoiada pelo novo governador do Banco de Portugal, Álvaro Santos Pereira, naquela que foi a sua primeira reunião no conselho do BCE.
Para Santos Pereira, “manter a taxa de juro neste momento é a decisão certa, porque é importante manter uma margem para prevenir eventuais choques no futuro”.
O governador português lembrou os múltiplos choques económicos que a Zona Euro enfrentou nos últimos anos, como a pandemia e a crise energética, reforçando a importância de preservar a capacidade de resposta da política monetária. A sua posição alinha-se com a visão do BCE de que, com a inflação controlada, a prioridade é garantir a estabilidade e a margem de manobra para o futuro.
Em resumoO BCE optou pela estabilidade, mantendo as taxas de juro em 2%, com Christine Lagarde a sublinhar que a política monetária está numa posição adequada para gerir incertezas. A decisão foi corroborada pelo governador do Banco de Portugal, Álvaro Santos Pereira, que a considerou uma medida prudente para salvaguardar a capacidade de resposta a futuros choques económicos.