A decisão de avançar para a próxima fase do projeto foi saudada pela Comissão Europeia, com o comissário da Economia, Valdis Dombrovskis, a considerá-la uma “oportunidade estratégica” para apoiar um sistema de pagamentos europeu mais competitivo e resiliente. O BCE justifica a urgência do projeto com a diminuição do uso de dinheiro físico, sublinhando que o euro digital funcionará como um complemento ao numerário, e não como um substituto.

Segundo a instituição, a nova moeda digital oferecerá vantagens como “simplicidade, privacidade, confiabilidade e disponibilidade em toda a zona euro”.

Os custos de desenvolvimento estão estimados em 1,3 mil milhões de euros até 2029, com custos operacionais anuais a rondar os 320 milhões de euros a partir dessa data. Estes encargos serão suportados pelo BCE e pelos bancos centrais nacionais, de forma semelhante ao que já acontece com a produção de notas.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, enquadrou a iniciativa num esforço mais amplo para adaptar a moeda única ao futuro, afirmando: “Trabalhamos para que a forma mais tangível – o dinheiro em euros – se adapte ao futuro, redesenhando e modernizando as nossas notas e preparando-nos para a emissão do dinheiro digital.”