Dívida pública atinge valor nominal recorde em setembro e é classificada como "aspeto frágil" da economia

A dívida pública na ótica de Maastricht aumentou pelo décimo mês consecutivo em setembro, atingindo um novo máximo histórico nominal de 294.319 milhões de euros. O Ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, classificou a dívida como um dos "aspetos mais frágeis da economia portuguesa", reiterando a necessidade de manter um ritmo de redução sustentado. De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP), o aumento de 5.959 milhões de euros em setembro refletiu principalmente a subida dos títulos de dívida de longo prazo (cerca de 5.700 milhões) e dos certificados de aforro (500 milhões). Esta subida foi apenas “parcialmente compensada pela diminuição dos Certificados do Tesouro” em cerca de 100 milhões de euros. Apesar do recorde em termos nominais, o Governo mantém o foco na redução do rácio da dívida em percentagem do PIB, prevendo que este desça para 90,2% em 2025 e 87,8% em 2026. Durante o debate do Orçamento do Estado, o ministro Miranda Sarmento enfatizou que não se pode “interromper o caminho seguido” e que é necessário “manter o ritmo de redução da dívida de três a quatro pontos percentuais por ano”. O BdP acrescenta que os ativos em depósitos das administrações públicas também subiram, totalizando 39.158 milhões de euros, o que fez com que a dívida pública líquida desses depósitos diminuísse 4.044 milhões de euros face a agosto.

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Em resumo

A dívida pública portuguesa atingiu um novo máximo em valor absoluto em setembro, alimentando a preocupação do Governo, que a considera uma fragilidade estrutural. Apesar do aumento nominal, o executivo reafirma o compromisso com a redução do rácio da dívida em percentagem do PIB, mantendo-a como uma prioridade central da sua política orçamental.

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