A intenção do Executivo gerou reações imediatas por parte dos líderes da banca, que defendem que qualquer nova carga fiscal não deve ser discriminatória para o setor. O Ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, anunciou que o Governo irá "revisitar o tema da tributação desse setor e procurar outras formas de tributação que não tenham o problema da inconstitucionalidade", com a intenção de apresentar uma proposta de lei com o "novo tributo" na primeira metade de 2026. Esta medida surge após o Estado ter sido forçado a devolver cerca de 200 milhões de euros cobrados nos últimos anos ao abrigo do imposto chumbado.
Em reação, Miguel Maya, CEO do BCP, afirmou não esperar "nenhum novo imposto sobre o setor financeiro", argumentando que "qualquer solução não deve ser específica para o setor". O líder do BCP sublinhou que a banca já é "fortemente penalizada", referindo os 28,6 milhões de euros pagos em Contribuição Sobre o Setor Bancário, e defendeu que o que espera é uma revisão das contribuições para o Fundo de Resolução para tornar o setor mais competitivo.
O Santander também se manifestou, criticando a carga fiscal que, na sua perspetiva, "limita o apoio à economia".
A discussão sobre a tributação específica da banca insere-se num debate mais vasto sobre a política fiscal, com várias associações empresariais a exigirem reformas estruturais, nomeadamente a redução do IRC, para aumentar a competitividade do país.











