Em linha com esta preocupação, o Conselho Económico e Social (CES) recomendou que o OE2026 privilegie um "aumento estrutural das pensões", em vez de apoios pontuais, para combater a perda de poder de compra dos pensionistas.

A longo prazo, o cenário é ainda mais preocupante.

A DECO alertou que, segundo projeções da Comissão Europeia, a taxa de substituição das pensões em Portugal (a percentagem do último salário que um reformado recebe) deverá cair de 69,4% para apenas 38,5% em 2050.

Este declínio torna "imperativo que os portugueses mudem o seu planeamento financeiro".

O tema tornou-se também politicamente sensível, com o Ministro das Finanças, Miranda Sarmento, a considerar a proposta do Partido Socialista para as pensões uma "enorme irresponsabilidade", sinalizando um profundo desacordo sobre as soluções a adotar para garantir a viabilidade do sistema.