O excedente previsto pelo Governo para 2026, de 0,1% do PIB, coloca Portugal no top 3 das metas mais ambiciosas da Zona Euro.
No entanto, a composição deste saldo é alvo de análise.
Um artigo revela que a previsão de excedente para 2026 já considera uma "folga" criada pelo corte nos empréstimos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sugerindo que o equilíbrio é parcialmente alcançado através da gestão de fundos europeus.
O Ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, tem sido veemente na defesa da disciplina orçamental, afirmando que o Governo "tudo fará para manter o equilíbrio das contas públicas".
Sarmento identificou as propostas de alteração ao Orçamento do Estado no Parlamento como o "risco principal" para as contas, advertindo que a aprovação de medidas com impacto material, como a proposta do PS para as pensões, colocaria as contas "no vermelho". Segundo o ministro, a única forma de garantir o excedente é manter a proposta do OE2026 como está, recorrendo a instrumentos de gestão orçamental como as reservas orçamentais, que devem ser "usadas com parcimónia".











