Apesar desta justificação técnica, o elevado nível de endividamento continua a ser uma fonte de preocupação para entidades de supervisão. O Conselho das Finanças Públicas alertou que a dívida portuguesa é “ainda muito elevada, em percentagem do PIB” e que a instabilidade financeira em França representa um risco de contágio que pode agravar os custos de financiamento. O Governo, por sua vez, mantém-se firme nas suas metas de longo prazo, inscritas na proposta de Orçamento do Estado para 2026, que preveem uma redução do rácio da dívida para 90,2% do PIB no final de 2025 e para 87,8% em 2026.
Dívida Pública Aumenta no Curto Prazo, mas Governo Mantém Meta de Redução Anual
A dívida pública portuguesa na ótica de Maastricht atingiu um novo máximo nominal de 294,3 mil milhões de euros em setembro de 2025, correspondendo a 97,6% do PIB. Este aumento pelo décimo mês consecutivo gerou debate sobre a trajetória de consolidação, embora o Governo tenha desdramatizado a subida, atribuindo-a a uma questão de gestão de tesouraria e reafirmando o objetivo de reduzir o rácio da dívida no final do ano. Segundo os dados do Banco de Portugal, a subida mensal foi de quase 6 mil milhões de euros. No entanto, o Ministério das Finanças esclareceu que este valor reflete a acumulação de depósitos para fazer face a amortizações de dívida previstas para o final do ano, nomeadamente 11,4 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro em outubro e 1,5 mil milhões em empréstimos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira em dezembro. A tutela sublinha que, deduzidos os depósitos das administrações públicas, a dívida líquida na verdade diminuiu para 255,2 mil milhões de euros, ou 84,6% do PIB.



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