Esta manutenção reflete um equilíbrio entre os pontos fortes da economia portuguesa e os desafios persistentes, como o elevado endividamento.
A decisão da Moody's, que encerrou as avaliações previstas para 2025, fundamenta-se na "economia competitiva e diversificada do país, bem como o seu nível de vida relativamente elevado".
A agência elogia igualmente a "elevada solidez institucional e de governação" de Portugal, fatores que sustentam o perfil de crédito. No entanto, a classificação A3 também pondera um "elevado nível de endividamento e uma robusta capacidade de pagamento da dívida, embora ambos sejam mais fracos em comparação com outros países com classificações semelhantes".
A perspetiva estável indica que os riscos para o perfil de crédito estão equilibrados. A Moody's reconhece o aumento da incerteza política nos últimos anos, com eleições antecipadas e fragmentação parlamentar, mas espera que estas mudanças "não alterem significativamente a perspetiva de crescimento económico robusto em torno de 2% e de uma nova redução do endividamento público". Esta visão está alinhada com as projeções do Governo no Orçamento do Estado para 2026, que prevê um crescimento do PIB de 2,3% e uma redução do rácio da dívida para 87,8% do PIB em 2026, mantendo excedentes orçamentais.
A decisão da Moody's representa uma divergência face às suas congéneres S&P, Fitch e DBRS, que atribuem classificações mais elevadas a Portugal, refletindo uma perceção de menor risco soberano.














