Em sentido contrário, a Associação Portuguesa de Bancos (APB) argumenta que a medida já não se justifica. A suspensão da comissão, habitualmente fixada em 0,5% do capital reembolsado para contratos de taxa variável, foi implementada como uma medida de apoio às famílias para mitigar o impacto da subida acentuada das taxas de juro. Com o fim da vigência da medida a aproximar-se, o debate sobre a sua continuidade intensificou-se.

O Partido Socialista, tal como no ano anterior, voltou a propor o fim permanente desta comissão, argumentando que a medida alivia o esforço financeiro das famílias.

O Chega também insiste na necessidade de manter um alívio nestas taxas. Por outro lado, a Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera que, com o pico das taxas de juro do Banco Central Europeu já ultrapassado e o início de um ciclo de descida, o contexto que justificou a isenção se alterou.

Para a APB, a medida extraordinária cumpriu o seu propósito e a sua manutenção já não é necessária.

A decisão final sobre a prorrogação ou o fim definitivo desta isenção será um tema relevante nas discussões orçamentais e de política económica para 2026, opondo a proteção ao consumidor à normalização das condições de mercado defendida pelo setor bancário.