A operação permite ao Estado e ao Fundo de Resolução recuperar uma parte significativa dos fundos públicos injetados na instituição.
O grupo bancário BPCE notificou formalmente a Direção-Geral da Concorrência em Bruxelas sobre a aquisição do Novobanco por 6.400 milhões de euros. A operação ocorre após o Estado português e o Fundo de Resolução terem formalizado, a 29 de outubro, a adesão ao contrato de venda da instituição, alienando as suas participações de 11,46% e 13,54%, respetivamente. Com esta transação, o setor público deverá recuperar quase 2 mil milhões de euros dos 3.405 milhões de euros injetados pelo Fundo de Resolução desde 2017.
O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, defendeu que a alienação “reforça a diversificação do sistema bancário nacional e que evita concentrações excessivas”.
A venda do Novobanco teve um impacto substancial nas estatísticas de fusões e aquisições (M&A) em Portugal para 2025, transformando um ano de quebra num de crescimento no valor total transacionado, que aumentou 33,5% para 13,8 mil milhões de euros nos primeiros dez meses do ano. Sem este negócio, o mercado registaria uma quebra de 30% no capital mobilizado.
A operação decorreu num contexto em que a Polícia Judiciária realizou buscas na sede do banco por suspeitas de “ilegalidades na venda de ativos imobiliários” que terão resultado em “avultados prejuízos para o Banco”.














