As críticas foram feitas durante a conferência “Banca do Futuro”, na presença do Ministro das Finanças.

João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI, foi o mais direto, afirmando que “não faz sentido mais nenhum imposto”.

O banqueiro criticou o aumento da despesa pública nos últimos anos, que na sua opinião justifica a necessidade do Governo de procurar novas fontes de receita. “Nos últimos seis anos a despesa aumentou 7% ao ano mais quase 40 mil milhões de euros de despesa e é para isso que temos que olhar”, declarou, considerando “injusto haver impostos diretos, específicos para determinados setores”.

Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal, partilhou da mesma opinião, admitindo que o tema tem uma vertente económica e outra política, mas que aumentar a tributação “não ajuda” a competitividade.

“Depois, voltamos outra vez à espuma e ao ruído, depois há a questão política e de algum populismo.

Fica sempre bem aumentar os impostos [aos bancos e às grandes empresas]”, ironizou.

O contexto para esta discussão inclui a recente decisão judicial sobre o Adicional de Solidariedade da banca, que, segundo o Ministro Miranda Sarmento, obrigou o Estado a devolver impostos, criando um impacto nas contas públicas.