Neste contexto, as propostas do PS e do Chega para um aumento extraordinário e permanente das pensões foram rejeitadas, viabilizando-se apenas o bónus pontual (one-off) proposto pela coligação governamental (PSD e CDS). Apesar do chumbo, a votação evidenciou a possibilidade de formação de “coligações negativas” entre PS e Chega, que partilham prioridades em temas como as portagens. O PS propunha que um eventual suplemento extraordinário em 2026 fosse convertido num aumento permanente, enquanto o Chega defendia uma subida adicional de 1,5%.

A tensão orçamental é ainda adensada pela deteção, por parte da UTAO e do Conselho das Finanças Públicas (CFP), de uma receita não identificada de 590 milhões de euros na proposta do Governo, cuja classificação é contestada pelo CFP por facilitar o cumprimento das regras europeias.