A nova medida, fruto de um protocolo entre a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), o Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) e o IGCP, permitirá que os descendentes tenham acesso imediato à informação sobre os certificados detidos por familiares falecidos. Segundo o presidente do IGCP, Pedro Cabeços, esta iniciativa é um passo importante para diminuir o montante que o Tribunal de Contas alertou estar em risco de prescrição, um valor que poderá ascender a 45 mil milhões de euros até 2049. O objetivo é aproximar o modelo de herança dos certificados ao que já acontece com os produtos bancários.
Esta alteração surge num contexto de forte procura por este produto de poupança. De acordo com dados do Banco de Portugal, o montante investido em Certificados de Aforro atingiu um novo recorde de 39,4 mil milhões de euros em outubro de 2025, representando um crescimento homólogo de 15,4%.
Este aumento consecutivo, que já dura há 13 meses, demonstra a contínua preferência dos aforradores por este instrumento, mesmo após a redução da taxa de juro com a introdução da "série F". O Banco de Portugal nota que esta procura por certificados, a par de outros produtos como fundos de investimento, está associada à desaceleração do crescimento dos depósitos bancários, que oferecem remunerações mais baixas.














