Este resultado foi impulsionado pelo forte crescimento da receita fiscal e contributiva, que superou o aumento da despesa pública.
Segundo os dados da Entidade Orçamental, o saldo positivo de 4.154,1 milhões de euros em contabilidade pública representa uma melhoria de 829,9 milhões face ao mesmo período do ano anterior, embora assinale um recuo face ao excedente de 6.304,1 milhões registado em setembro.
A performance positiva assenta num crescimento de 6,2% da receita, alavancado pela receita fiscal, que subiu 5,1%. Destacam-se os aumentos na arrecadação de IVA (+8,5%) e de IRS (+4,1%), que compensaram a quebra de 3,8% no IRC.
A receita do IMT (+28%) e do ISP (+11,4%) também contribuiu favoravelmente.
Do lado da despesa, verificou-se um aumento de 5,6%, impulsionado por três componentes principais.
As transferências cresceram 4,5%, refletindo os encargos com pensões e outras prestações sociais.
As despesas com pessoal subiram 8%, devido a medidas de valorização remuneratória na função pública.
Por fim, o investimento aumentou 18,5%, em grande parte associado a projetos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) nas áreas da educação, infraestruturas e habitação.
Em sentido contrário, a despesa com juros da dívida recuou 1,4%.
Estes números, apurados numa ótica de caixa, indicam uma trajetória fiscal sólida, embora o abrandamento face a setembro sugira uma aceleração da despesa na reta final do ano.












