Nos primeiros dez meses do ano, foram celebrados 20.391 contratos ao abrigo desta garantia, totalizando um montante de 4.012 milhões de euros.

Este volume corresponde a 25,9% do total de crédito concedido para habitação própria permanente no mesmo período.

A medida, que permite ao Estado atuar como fiador em até 15% do valor da transação para imóveis até 450 mil euros, viabiliza na prática um financiamento a 100%, superando o limite geral de 90% imposto à banca.

O impacto é ainda mais notório no segmento etário alvo: entre os mutuários até aos 35 anos, os contratos com garantia pública representaram 41,4% do número total de novos créditos e 43,6% do montante global contratado. A procura tem sido crescente, com outubro a registar o valor mensal mais elevado desde o início do programa, com 2.625 contratos no valor de 538 milhões de euros. Os dados de setembro já indiciavam esta tendência, com 2.400 contratos no valor de 497 milhões de euros.

A adesão apresenta variações regionais, sendo mais forte em zonas como o Alentejo e a Beira Baixa, e mais moderada na Grande Lisboa e na Madeira.

Até ao final de setembro, já tinham sido utilizados 40,3% do montante total alocado pelo Estado para este programa, que vigora até ao final de 2026.