Este desempenho foi sustentado por um crescimento robusto da receita, que superou o aumento da despesa.
A receita total cresceu 6,2%, impulsionada principalmente pela receita fiscal e contributiva.
O IVA aumentou 8,5% e o IRS 4,1%, compensando uma ligeira quebra de 3,8% na receita do IRC.
Do lado da despesa, o crescimento foi de 5,6%, com particular destaque para as despesas com pessoal, que subiram 8%.
Este aumento reflete um conjunto de medidas de valorização remuneratória dos funcionários públicos, incluindo atualizações salariais e de carreiras específicas na saúde, educação e forças de segurança. O investimento público também acelerou, com um crescimento de 18,5%, em grande parte associado a projetos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em áreas como o Ensino Superior e as infraestruturas. Apesar do bom desempenho atual, que se alinha com a projeção do Governo de um saldo positivo de 0,3% do PIB para o final do ano, existem sinais de alerta no horizonte. A OCDE, nas suas mais recentes previsões, projeta uma deterioração do saldo orçamental para 2026 e 2027, o que sugere que a manutenção de excedentes poderá ser um desafio nos próximos anos, face a um abrandamento económico e a pressões contínuas sobre a despesa pública.













