Esta segunda opção, preferida por Bruxelas, enfrenta forte resistência.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, foi categórica ao afirmar que a instituição não pode atuar como um mecanismo de apoio para substituir os compromissos dos Estados-membros, pois tal constituiria uma violação do artigo 123.º do tratado da UE. "Não fui nomeada presidente do BCE para violar os tratados, não podemos subsidiar as obrigações dos Estados-membros", declarou Lagarde, sublinhando que se trata de uma obrigação orçamental.

A maior parte dos ativos, cerca de 185 mil milhões de euros, está depositada na instituição financeira belga Euroclear, o que concentra o risco na Bélgica. O governo belga exige garantias juridicamente vinculativas dos restantes Estados-membros para partilhar o risco, temendo ser obrigado a devolver os fundos se um acordo de paz levasse ao levantamento das sanções.

O tema será decisivo na próxima cimeira de líderes da UE. Questionado sobre o tema, o ministro Paulo Rangel assegurou que as opções em cima da mesa não preveem um "aumento sensível ou notável da contribuição portuguesa".