A decisão é complexa, com a inflação acima da meta a aconselhar prudência, enquanto o abrandamento económico e do mercado de trabalho pressiona por um estímulo monetário. Os membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) enfrentam um cenário de sinais contraditórios. Por um lado, o indicador de inflação preferido da Fed, o Índice de Preços no Consumo Pessoal (PCE), subiu para 2,8% em termos homólogos, mantendo-se acima da meta de 2%.
Manter as taxas elevadas seria a abordagem tradicional para combater a inflação.
Por outro lado, vários indicadores económicos apontam para um arrefecimento da economia: a criação de emprego está fraca, o crescimento económico é residual e o aumento dos salários desacelerou. Estes fatores, juntamente com a pressão política do presidente Donald Trump por taxas mais baixas para impulsionar as suas políticas “pró-crescimento”, levam a expectativa do mercado a pender para um corte de 25 pontos base.
A decisão, contudo, não é consensual dentro da Fed. Na reunião anterior, a decisão de cortar os juros não foi unânime, e o presidente Jerome Powell admitiu a existência de “opiniões muito diferentes”, afirmando que um novo corte “não é de forma alguma garantido”.
Os investidores aguardam com especial atenção a divulgação do PCE, que ganha “especial relevância neste momento” por poder influenciar decisivamente o rumo da política monetária.












