A crítica foi feita tanto pelo Vice-Governador do Banco de Portugal como discutida numa reunião entre a Comissária Europeia e os principais banqueiros. Luís Máximo dos Santos, Vice-Governador do Banco de Portugal, alertou que, apesar dos progressos, a União Bancária permanece incompleta sem o seu terceiro pilar, o EDIS.

Esta falha significa que os sistemas de garantia de depósitos continuam a ser estritamente nacionais, o que faz com que “os bancos continuem a ser muito nacionais ‘na morte’”.

Segundo o responsável, esta fragmentação não só é incompatível com a aspiração de um mercado bancário integrado, como também cria barreiras aos negócios transfronteiriços e à consolidação, obrigando as autoridades nacionais a focarem-se nas suas responsabilidades locais.

A mesma preocupação foi partilhada numa reunião em Bruxelas entre a Comissária Maria Luís Albuquerque e os líderes do setor financeiro europeu.

No encontro, a “União Bancária incompleta” foi identificada como uma das “barreiras persistentes à atividade transfronteiriça”, que impede o capital e a liquidez de circularem livremente e de serem canalizados de forma mais eficiente para o investimento produtivo. A conclusão da União Bancária é, assim, vista como um passo essencial para criar um mercado único mais robusto e competitivo.