A Comissão Europeia, através da comissária dos serviços financeiros, Maria Luís Albuquerque, indicou um calendário ambicioso, esperando começar a implementar o pacote de reformas até 2027.

O objetivo é criar um mercado único para os serviços financeiros que ofereça melhores retornos aos aforradores e maior disponibilidade de financiamento para as empresas, superando a atual fragmentação.

Uma das propostas centrais é transferir maiores poderes de supervisão para a Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA) para garantir uma aplicação uniforme das regras.

O Banco Central Europeu (BCE) também apoia esta visão, defendendo a conclusão da união bancária e da união de poupança e investimento para "reduzir a fragmentação nacional e permitir mercados de capitais mais eficientes". A gestora de ativos BlackRock corrobora esta urgência, identificando a mobilização da poupança como uma prioridade para a Europa, destacando que existem "mais de 14 biliões de euros parados em depósitos que geram pouco ou nenhum rendimento". A nível nacional, a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) alinha a sua estratégia com estes objetivos europeus, procurando "impulsionar a poupança para a reforma para reforçar as pensões e financiar a economia".