A medida, largamente antecipada pelos mercados, coloca os juros diretores no intervalo entre 3,5% e 3,75%, o nível mais baixo desde 2022.

A decisão, no entanto, não foi unânime, com três dos membros do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC) a votarem contra, algo que não acontecia desde 2019.

Dois dissidentes defendiam a manutenção das taxas, enquanto um preferia um corte mais agressivo de 50 pontos-base.

O presidente da Fed, Jerome Powell, reconheceu o cenário complexo, descrevendo-o como “uma situação desafiante” em que existem riscos tanto para o emprego como para a inflação. Na conferência de imprensa, Powell afirmou que, após os cortes recentes, a política monetária está “numa boa posição para esperar e ver como evolui a economia”.

As projeções macroeconómicas do banco central foram atualizadas, antecipando agora um crescimento do PIB ligeiramente superior em 2025 (1,7%) e 2026 (2,3%), e uma inflação mais contida.

A divergência de opiniões no seio da Fed é também visível no chamado ‘dot plot’, que mostra uma dispersão significativa nas expectativas dos governadores para a trajetória futura das taxas, com a maioria a apontar para um ou dois cortes adicionais em 2026.