No Boletim Económico de dezembro, o BdP detalha que, após um saldo equilibrado em 2025, se preveem défices de 0,4% do PIB em 2026, 0,9% em 2027 e 1% em 2028. Esta previsão representa uma melhoria face às estimativas de junho, que apontavam para um défice de 1,3% em 2026. O banco central, liderado por Álvaro Santos Pereira, explica que “as melhorias das previsões face a junho refletem, entre outros fatores, novas medidas de política, a alteração das hipóteses relativas aos empréstimos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] e o impacto da revisão do cenário macroeconómico na receita fiscal”. As projeções do BdP contrastam com as do Governo, que no Orçamento do Estado para 2026 prevê um excedente de 0,3% este ano e 0,1% no próximo, enquanto o banco central não antecipa excedente em 2025. Um dos artigos menciona que Portugal poderá violar as regras orçamentais de Bruxelas já em 2025, embora o governador confie na disciplina orçamental do Governo. No que concerne à dívida pública, a perspetiva é mais positiva, com o BdP a projetar que “manterá uma trajetória descendente”, passando de 93,6% do PIB em 2024 para 88,2% em 2025 e atingindo 79,5% do PIB em 2028.