A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou o seu programa de financiamento para 2026, que prevê necessidades líquidas de 13 mil milhões de euros e emissões brutas de dívida de longo prazo no valor de 24 mil milhões de euros. Este plano reflete um aumento das necessidades de financiamento do país em comparação com o ano anterior. De acordo com o programa aprovado, as necessidades brutas de financiamento da República Portuguesa para 2026 ascendem a 29,4 mil milhões de euros. Para cobrir este montante, o IGCP planeia emitir um total de 29,7 mil milhões em títulos de dívida, sendo a componente principal a emissão de Obrigações do Tesouro (OT), que totalizará 24 mil milhões de euros. Este valor será obtido através de uma combinação de emissões sindicadas e leilões regulares.
As necessidades líquidas de financiamento, que representam o novo endividamento necessário para além do refinanciamento da dívida existente, sobem para 13 mil milhões de euros, um aumento face aos 10,8 mil milhões registados em 2025. A estratégia do IGCP para 2026 foca-se na emissão regular de OT para "promover a liquidez e o eficiente funcionamento dos mercados primário e secundário".
Adicionalmente, a agência pretende dinamizar o programa de papel comercial e o programa Euro Medium Term Notes (EMTN), explorando a emissão de títulos em diferentes prazos e moedas. O plano inclui também a possibilidade de realizar operações de troca e recompra de títulos ao longo do ano para uma gestão ativa da dívida.
Em resumoO IGCP planeia financiar o Estado em 2026 com a emissão de 24 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro, face a necessidades líquidas de financiamento que aumentam para 13 mil milhões de euros. A estratégia visa garantir a liquidez e o bom funcionamento dos mercados da dívida pública.