A operação insere-se num processo de licitação que abrange a A28, com 47 quilómetros na região do Porto, e a A22, com 130 quilómetros no Algarve, cujas concessões terminam em 2031 e 2030, respetivamente. O fundo CVC DIF, que adquiriu estes ativos à Ferrovial entre 2016 e 2020 por mais de 330 milhões de euros, está a ser assessorado pelo Banco Santander e já recebeu propostas não vinculativas. A Globalvia, que já detém 96% da A4 Transmontana e 100% da A23 Beira Interior, identifica Portugal como um mercado prioritário para a sua expansão. A empresa espanhola já havia tentado adquirir outros ativos no país, como a concessionária Brisa e a Douro Interior, embora sem sucesso. Caso a aquisição se concretize, a Globalvia passará a gerir um portefólio de quatro autoestradas em território nacional, reforçando significativamente a sua posição no setor das infraestruturas em Portugal. O fundo australiano Igneo, que adquiriu a Autoestradas do Douro Litoral (AEDL) em 2024, surge como um potencial concorrente neste processo.
