A aquisição do Novobanco pelo grupo Banque Populaire-Caisse d’Épargne (BPCE) é vista como um desenvolvimento positivo e estabilizador para o setor bancário em Portugal. Vítor Bento, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), embora surpreendido pelo desfecho final, salientou que a operação “valoriza o sistema como um todo”. Esta perceção é partilhada pelo CEO do BPCE, Nicolas Namias, que descreveu o negócio como um “investimento de longo prazo” e “muito lucrativo”. Em visita a Lisboa, Namias reforçou o compromisso do grupo, afirmando: “Não somos um fundo de private equity, não vamos sair do banco, é um investimento de longo prazo”. O líder do BPCE elogiou a gestão de Mark Bourke no Novobanco, destacando o excelente trabalho realizado e a partilha de um ADN comum no apoio às pequenas e médias empresas, um segmento onde o banco português detém uma quota de 14%. A intenção do BPCE não é alterar a equipa de gestão, mas sim desenvolver o banco, aproveitando a sua solidez e rentabilidade. A formalização do acordo no início de agosto será seguida pela necessária aprovação das entidades reguladoras, um processo que se estima estar concluído até ao primeiro trimestre de 2026. A operação sinaliza a confiança de um dos maiores grupos financeiros europeus na economia portuguesa e no potencial de crescimento do Novobanco, prometendo estabilidade e continuidade na sua gestão e estratégia.
