A potencial transação insere-se num processo de licitação em curso, no qual a CVC DIF, assessorada pelo Banco Santander, já recebeu propostas não vinculativas para a venda das duas concessões. A A28, com 47 quilómetros, liga Vila Nova de Gaia a Vilar de Mouros, enquanto a A22, com 130 quilómetros, atravessa o Algarve. As concessões terminam em 2031 e 2030, respetivamente. Para a Globalvia, esta aquisição seria um passo importante para consolidar a sua posição em Portugal, onde já gere a A4 (Autoestrada Transmontana) e a A23 (Beira Interior). A empresa tem procurado expandir o seu portefólio no país, embora tentativas anteriores não se tenham concretizado. Em 2020, tentou adquirir a concessão do Douro Interior, mas o acordo não avançou. Mais recentemente, em 2024, perdeu a corrida pela Autoestradas do Douro Litoral (AEDL) para o fundo australiano Igneo, que é agora apontado como um potencial concorrente também neste negócio. O interesse contínuo da Globalvia e de outros investidores internacionais evidencia a atratividade dos ativos de infraestruturas em Portugal, num movimento que poderá levar a uma maior concentração no setor.