Consultoras do setor como a Cushman & Wakefield (C&W), JLL, CBRE e Savills traçaram um retrato globalmente positivo do mercado, com todos os indicadores a apontarem para a manutenção do dinamismo no segundo semestre. Gonçalo Garcia, da C&W, afirmou que “o apetite pelo investimento em hotelaria em Portugal continua estável, atendendo aos volumes de investimento verificados”. Este otimismo é sustentado pelo forte interesse de investidores estrangeiros, que asseguram 71% do total investido. Segundo um inquérito da CBRE, “Portugal surge, pela primeira vez, no topo das preferências dos investidores europeus”. O crescimento do turismo, impulsionado em grande parte por visitantes norte-americanos com elevado poder de compra, é um dos principais motores desta atratividade. Apesar da incerteza geopolítica global, o mercado hoteleiro nacional continua a captar investimento, apoiado por uma procura sólida. O dinamismo reflete-se também no desenvolvimento de novos projetos, com um 'pipeline' robusto de cerca de 110 novos hotéis previstos para os próximos três anos, na sua maioria de 4 e 5 estrelas. As consultoras rejeitam a ideia de cancelamentos devido à incerteza económica, apontando apenas para atrasos relacionados com processos de licenciamento.
