A transação, que inclui também as participações do Fundo de Resolução e do Estado português, marca o fim de um longo processo de resolução e introduz um novo e poderoso concorrente no mercado financeiro nacional, gerando reações imediatas dos principais bancos portugueses.
Os líderes dos maiores bancos nacionais consideraram o desfecho positivo para a economia portuguesa.
Miguel Maya, presidente executivo do BCP, classificou a venda como a "solução correta", admitindo que a entrada de um "operador com enorme prestígio" irá "dificultar-nos a vida", forçando o BCP a ser mais inovador e eficiente. Maya acrescentou que a parceria que o BCP mantém com o BPCE em França terá de ser reavaliada neste novo contexto.
Na mesma linha, Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos, viu a operação como um "sinal de confiança" na economia portuguesa, destacando que um investimento desta magnitude por parte de um grande banco europeu demonstra a atratividade do país. A venda da participação de 13,54% do Fundo de Resolução deverá gerar um encaixe bruto de cerca de 866 milhões de euros. A operação representa um marco significativo na estabilização do sistema financeiro português, encerrando o capítulo da resolução do Banco Espírito Santo e abrindo uma nova fase de concorrência acrescida, com a entrada de um dos maiores grupos bancários europeus.