A decisão final dos potenciais compradores dependerá das condições impostas pelo Governo português e pela Comissão Europeia, num negócio que poderá redefinir o setor da aviação no sul da Europa.
O Governo português planeia alienar até 44,9% do capital a investidores e reservar 5% para os trabalhadores.
Benjamin Smith, presidente executivo da Air France-KLM, confirmou que o interesse do grupo se mantém, mas sublinhou que se trata de uma "decisão de negócio" e que qualquer investimento terá de garantir uma melhoria na margem do grupo. "Se não for o caso, se houver muito risco em torno do negócio, obviamente não estamos interessados", realçou Smith, acrescentando que a decisão de desistir da compra da Air Europa se deveu à impossibilidade de obter uma participação maioritária.
Por sua vez, Carsten Spohr, CEO da Lufthansa, afirmou que a TAP "continua a ser uma opção interessante" para o grupo alemão.
A IAG, dona da British Airways e da Iberia, também é apontada como uma das potenciais interessadas.
A corrida pela companhia aérea portuguesa está, assim, lançada, com os gigantes europeus a avaliarem cuidadosamente os riscos regulatórios e financeiros face ao potencial estratégico de reforçar a sua presença nas rotas transatlânticas, especialmente para a América do Sul, onde a TAP detém uma posição forte.