A operação, proposta pelo acionista maioritário Banco Português de Fomento (BPF), visa criar um único e mais robusto operador público de garantias, reforçando a eficiência do sistema de apoio ao financiamento das PME em Portugal. O processo, iniciado em novembro de 2023, resultará na incorporação da Lisgarante, Garval e Agrogarante na Norgarante, que assumirá a continuidade jurídica do Sistema Nacional de Garantia Mútua (SNGM). Segundo Joaquim Pinheiro, presidente do Conselho de Administração das SGM, esta fusão é "uma etapa decisiva para o reforço da solidez, da acrescida eficiência e da coerência do sistema".
O objetivo é assegurar uma atuação mais coordenada, gerar ganhos de escala e sinergias, e uniformizar procedimentos.
José Furtado, presidente da Comissão Executiva, descreveu a operação como uma "reforma estrutural" que tornará o SNGM "mais simples na sua arquitetura operacional". Espera-se que a consolidação traga impactos positivos ao nível da simplificação administrativa, do reforço da proximidade territorial e da melhoria da relação com parceiros financeiros e empresariais.
O dossiê de fusão já foi submetido ao Banco de Portugal e aguarda a avaliação das entidades de supervisão, prevendo-se a sua conclusão nos próximos meses. No primeiro semestre de 2025, o volume de garantias emitidas pelo SNGM cresceu mais de 60% em termos homólogos, refletindo a sua importância estratégica para o financiamento da economia.