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Economia August 4, 2025

Gigantes da aviação europeia disputam privatização da TAP

O processo de privatização da TAP Air Portugal, formalmente iniciado pelo Governo português, atrai o interesse dos maiores grupos de aviação europeus, incluindo IAG, Lufthansa e Air France-KLM. A operação prevê a alienação de até 49,9% do capital da companhia aérea, num movimento que poderá reconfigurar o panorama da aviação no sul da Europa.

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O Governo português definiu que a venda se destina a um ou mais investidores até 44,9%, com 5% do capital reservado aos trabalhadores.

As condições do negócio, que deverão ser detalhadas no caderno de encargos, incluem a salvaguarda do hub de Lisboa e a possibilidade de suspensão do processo caso os objetivos estratégicos do Estado não sejam alcançados.

Os três principais interessados, que apresentaram resultados semestrais robustos apesar da instabilidade geopolítica e das tensões comerciais, manifestaram as suas posições com diferentes graus de entusiasmo e cautela. O grupo IAG, dono da British Airways e da Iberia, congratulou-se com o processo, afirmando que, “se os termos forem adequados, acreditamos que a TAP poderá ter sucesso enquanto parte do modelo distintivo e comprovado da IAG”.

A Air France-KLM, por sua vez, mantém o interesse, mas sublinha que a decisão será puramente de negócio, evitando avançar caso encontre “muito risco”.

Já a Lufthansa considera a TAP uma “opção interessante”, mas esclarece não ter pressa, uma vez que a sua prioridade atual é a integração da companhia italiana ITA Airways.

A forte saúde financeira dos três grupos, evidenciada pelos seus resultados recentes, confere-lhes capacidade para avançar com propostas, mas a decisão final dependerá das condições impostas por Lisboa e pela Comissão Europeia, bem como da avaliação de risco de cada conglomerado.

ai briefingEm resumo
A privatização de até 49,9% da TAP Air Portugal atrai os principais grupos aéreos europeus — IAG, Lufthansa e Air France-KLM. Embora todos mantenham o interesse, a concretização de uma proposta dependerá das condições do caderno de encargos, com os potenciais compradores a demonstrarem cautela e a avaliarem os riscos estratégicos e financeiros da operação.

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