A operação, que representa uma das mais significativas no setor de veículos comerciais, visa criar um novo líder global com operações complementares e uma presença alargada na Europa, Índia e Américas.
A proposta da Tata Motors, de 14,1 euros por ação, já recebeu o apoio da administração da Iveco e do seu maior acionista, a Exor.
A fusão resultará numa entidade com vendas anuais superiores a 540 mil unidades e receitas combinadas de cerca de 22 mil milhões de euros.
As operações industriais e geográficas das duas empresas são descritas como tendo “praticamente sem sobreposição”, o que potencia sinergias e um crescimento de longo prazo.
A Tata Motors comprometeu-se a manter a operação da Iveco intacta, sem encerramento de fábricas ou despedimentos diretos decorrentes da fusão, e a sede do grupo italiano permanecerá em Turim. O negócio exclui a divisão de defesa da Iveco, que deverá ser separada até março de 2026. Segundo Girish Wagh, diretor executivo da Tata Motors, esta união representa um “salto estratégico na nossa ambição de construir um ecossistema de veículos comerciais preparado para o futuro”.
Por sua vez, Olof Persson, CEO da Iveco, destacou que a fusão “desenvolve um novo potencial para inovação e crescimento global”.
A nova entidade terá uma presença forte na Europa (50% das vendas), Índia (35%) e Américas (15%), com potencial de expansão para os mercados de África e Ásia.