O negócio, que marca a entrada de um novo player internacional de peso no sistema financeiro português, inclui também a alienação das participações detidas pelo Fundo de Resolução e pelo Estado. A venda da participação de 13,54% do Fundo de Resolução deverá gerar um encaixe bruto de aproximadamente 866 milhões de euros.
O Ministério das Finanças também confirmou que irá vender a sua participação direta ao BPCE, acompanhando a Lone Star.
A avaliação do Novobanco, que corresponde a um múltiplo de 1,6 vezes o seu valor contabilístico, foi considerada “não muito normal na Europa” por Pedro Castro e Almeida, presidente do Santander Totta.
O banqueiro considerou a operação uma “excelente notícia” para Portugal, pois demonstra a atratividade do país para investidores europeus, embora represente um “desafio adicional” em termos de concorrência no setor.
A aquisição surge num momento em que o Novobanco tem apresentado resultados sólidos e reforçado a sua posição de capital, o que o torna um ativo atrativo para o grupo francês, que procura expandir a sua presença na Europa.
A conclusão da transação está dependente das aprovações regulatórias necessárias, mas representa o culminar de um longo processo de reestruturação e venda do banco que sucedeu ao Banco Espírito Santo.