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Economia August 5, 2025

Gigantes da aviação europeia mantêm interesse na TAP, mas com cautela acrescida

Os principais grupos de aviação europeus — IAG, Lufthansa e Air France-KLM — reafirmaram o seu interesse na privatização da TAP, embora adotem uma postura de maior cautela face ao processo e ao atual contexto de incerteza económica.

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O Governo português iniciou formalmente o processo para alienar até 49,9% do capital da companhia aérea, com 5% reservados aos trabalhadores.

Apesar de um segundo trimestre marcado por tensões geopolíticas e pela instabilidade gerada pelas tarifas comerciais norte-americanas, os três potenciais compradores apresentaram resultados financeiros robustos, impulsionados pela forte procura nas rotas transatlânticas, o que lhes confere uma base sólida para considerar a aquisição.

No entanto, as declarações dos seus líderes refletem prudência.

O grupo IAG (British Airways e Iberia) afirmou que a TAP poderá ter sucesso integrado no seu modelo, “se os termos forem adequados”.

A Air France-KLM, que está a finalizar a compra da SAS, indicou que não avançará se identificar “muito risco”.

Por sua vez, a Lufthansa, focada na integração da ITA Airways, descreveu a TAP como uma “opção interessante”, mas sem demonstrar pressa.

Os potenciais interessados estão a analisar cuidadosamente as condições do caderno de encargos, o valor estratégico do hub de Lisboa como porta de entrada para o Brasil e África, e os potenciais obstáculos regulatórios decorrentes de uma maior concentração no mercado aéreo europeu.

O sucesso da privatização dependerá, assim, de um equilíbrio entre um preço atrativo e garantias estratégicas que mitiguem os riscos percebidos pelos investidores.

ai briefingEm resumo
A privatização de até 49,9% da TAP atrai os três maiores grupos de aviação europeus, que, apesar de resultados financeiros sólidos, abordam o negócio com prudência. O sucesso da operação dependerá das condições do caderno de encargos e da forma como os potenciais compradores avaliam os riscos e as sinergias estratégicas, nomeadamente o valor do hub de Lisboa.

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