A operação surge após alterações a um acordo parassocial entre a Visabeira, a I’M e a Mota-Engil, que em conjunto já detêm 87,4% do capital da empresa.
A OPA visa adquirir os restantes 12,6% das ações da Martifer que se encontram dispersas em mercado.
A obrigatoriedade da oferta foi desencadeada por modificações recentes no acordo parassocial que une a Visabeira (que já detém 23% do capital), a I’M (dos irmãos Carlos e Jorge Martins) e a Mota-Engil. Anteriormente, em junho, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) tinha concluído que os termos do acordo não conferiam à Visabeira o poder de exercer influência dominante, afastando a necessidade de uma OPA.
No entanto, as novas condições do pacto alteraram este enquadramento.
A contrapartida oferecida é de 2,057 euros por ação, um valor correspondente ao preço médio ponderado das ações nos seis meses anteriores ao anúncio.
A operação visa consolidar o controlo do consórcio sobre a Martifer, uma empresa que registou um resultado líquido de 23 milhões de euros no último ano, o melhor desde 2009. A formalização desta estrutura de controlo permitirá aos acionistas maioritários alinhar de forma mais eficaz a estratégia futura da empresa de construção metálica e energias renováveis.