Analistas consideram o preço baixo, notando que não oferece qualquer prémio e subestima o valor intrínseco da empresa.

João Queiroz, do Banco Carregosa, refere que “o preço oferecido cumpre a lei, mas poderia ficar aquém dos múltiplos com que negoceia o setor”.

Esta situação coloca os acionistas minoritários perante um dilema: vender a um preço desfavorável ou arriscar ficar “presos a uma sociedade com o controlo ‘esmagador’ dos acionistas” caso a empresa seja retirada de bolsa, como é a intenção declarada. O acordo prevê uma nova estrutura de poder, com a Visabeira e a Mota-Engil a deterem 37,5% cada uma, e os irmãos Martins a reduzirem a sua participação para 25%, com um plano para a sua saída total em dois anos. A operação surge num momento de recuperação financeira da Martifer, que apresentou um lucro de 23 milhões de euros em 2024 e uma dívida líquida negativa, tornando-a um alvo atrativo.