Um porta-voz do grupo alemão confirmou a desistência, afirmando que “após uma análise exaustiva e negociações intensas, decidimos, nesta fase, não avançar com a injeção de capital nem com a participação acionista na Air Europa”.
A companhia espanhola, detida maioritariamente pela Globalia, procurava novos investidores para reembolsar uma dívida de 475 milhões de euros contraída durante a pandemia.
A Air France-KLM também já se tinha retirado do processo anteriormente.
A Turkish Airlines anunciou em junho que estava em conversações “não vinculativas” com a Air Europa para avaliar “a oportunidade de investimento” e “explorar possíveis sinergias”.
A saída da Lufthansa da corrida pela Air Europa abre novas perspetivas no xadrez da aviação europeia, nomeadamente no que diz respeito à privatização da TAP. A par da Air France-KLM e do IAG (detentor da British Airways e Iberia), a Lufthansa já tinha manifestado interesse em analisar o caderno de encargos da transportadora portuguesa.
Com o dossiê espanhol encerrado, o grupo alemão poderá agora focar-se com maior intensidade na companhia aérea portuguesa, cujo processo de reprivatização prevê a venda de até 49,9% do capital.