A icónica marca de joalharia de luxo Fabergé foi vendida pelo grupo britânico Gemfields à SMG Capital, um fundo de capital de risco detido pelo empresário russo Sergei Mosunov, por 50 milhões de dólares (cerca de 43 milhões de euros). A transação marca o "fim de uma era" para a Gemfields e uma reorientação estratégica para a histórica casa de ourivesaria, que regressa assim a mãos russas. A venda conclui uma revisão estratégica iniciada pela Gemfields no ano passado, após a Fabergé ter enfrentado "desafios consideráveis" num mercado de bens de luxo em retração, o que levou as suas ações a quase não serem transacionadas.
A Gemfields, produtora africana de pedras preciosas, detinha a marca desde 2013.
Fundada em 1842, a Fabergé é mundialmente famosa pelos seus ovos ornamentais, produzidos para os czares russos, dos quais apenas 50 foram feitos para a família imperial, sendo o paradeiro de 43 conhecido.
O comprador, Sergei Mosunov, através da sua empresa de investimentos sediada nos EUA, afirmou que a Fabergé continuará a focar-se na venda de joias, acessórios e relógios. Sean Gilbertson, presidente executivo da Gemfields, declarou que "a venda de hoje marca o fim de uma era para nós", reconhecendo o papel da Fabergé na valorização das pedras coloridas extraídas pelo grupo. A operação assinala uma nova fase para a marca de luxo, que procura revitalizar-se sob nova direção, após um período de dificuldades financeiras.
Em resumoA venda da Fabergé à SMG Capital por 50 milhões de dólares representa uma mudança estratégica significativa, motivada pelas dificuldades no mercado de luxo. A transação devolve a icónica marca a proprietários russos e encerra o ciclo de investimento da Gemfields, que se focará agora no seu negócio principal de extração de pedras preciosas.