A contrapartida oferecida, baseada na média ponderada das cotações dos últimos seis meses, é vista como desajustada do valor real da empresa.

Octávio Viana, presidente da Associação de Investidores (ATM), defende que, "atento à liquidez registada nesse período, não é possível tirar a presunção de que esse preço reflete o justo valor da sociedade". O preço da OPA está 11% abaixo da cotação no momento do anúncio e muito longe dos oito euros da entrada em bolsa em 2007.

Esta situação coloca os investidores minoritários perante um dilema: vender a um preço que consideram injusto ou ficar presos a uma sociedade com o controlo "esmagador" dos acionistas maioritários e sem liquidez em bolsa.

A ATM já manifestou o "compromisso, se necessário, para exigir a fixação da contrapartida por auditor independente", uma possibilidade prevista no Código dos Valores Mobiliários que pode ser acionada judicialmente caso se considere que a falta de liquidez distorce o preço de referência.